segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Referências Bilbiográficas


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BRASIL. Decreto 5.305/04. Acresce §6 ao Art.81 do Regulamento Aprovado pelo Decreto2.314 de 4 de setembro de 1997, que Dispõe sobre a Padronização, a Classificação, o Registro, a Inspeção, a Produção e a Fiscalização de bebidas.
BRASIL. Decreto N.º 52.314, de quatro de setembro de 1997. Regulamenta a Lei No 8.918, de 14 de julho de 1994, que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas.
BRASIL. Lei N.º 8.918, de 14 de julho de 1994. Dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas, autoriza a criação da Comissão Intersetorial de Bebidas e dá outras providências.
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Disponível na www: <URL:
http://www.infopedia.pt/$analise-qualitativa>.

Curiosidades


Qual a diferença entre aguardente, cachaça e pinga?
Apesar de poderem se referir à mesma bebida, as tres palavras não são sinônimas. Aguardente é o nome de qualquer bebida obtida a partir da fermentação de vegetais doces. Já cachaça é o nome da aguardente de cana-de-açúcar. Segundo Maria das Graças Cardoso, professora do único curso de pós-graduação em tecnologia da cachaça no país, o nome foi criado no Brasil, no século 16, época dos grandes engenhos.

Para o Ministério da Agricultura, a denominação é típica e exclusiva da aguardente de cana-de-açúcar produzida aqui com graduação alcoólica de 38% a 48%, a 20 0C. Pela lei brasileira, há até diferenças entre cachaça e aguardente de cana, que pode ter entre 38% e 54% de graduação alcoólica. Assim, toda cachaça é uma aguardente, mas nem toda aguardente é cachaça. Já pinga é o nome vulgar da cachaça.

Apesar de ninguém ter certeza da sua origem, a história mais aceita diz que a bebida ganhou o apelido dos escravos encarregados de um dos processos finais da produção, a destilação. Quando ferviam o caldo da cana-de-açúcar nos engenhos, o vapor condensava no teto e pingava sobre eles.
13 de setembro: Dia nacional da cachaça

Você sabia que 13 de Setembro e o dia nacional da cachaça? A data foi instituída pelo Intituto Brasileira da Cachaça (IBRAC), em 2009 pelo reconhecimento do produto no mercado internacional como bebida exclusiva e genuinamente brasileira. Cachaça é o nome oficial da exclusiva aguardente de cana produzida no Brasil.

A cachaça de Alambique é a bebida com graduação de 38% a 54% v/v, à temperatura de 20ºC obtida pela destilação do mosto fermentado de cana-de-açúcar, em alambique de cobre, sem adição de açúcar, corante ou outro ingrediente qualquer, correspondente à fração denominada coração, que vem a ser a parte destilada de mais ou menos 80% do volume total, que fica entre as frações "cabeça" e "cauda" ou "água fraca".
A cachaça artesanal ganhou reconhecimento por sua qualidade e pureza, maiores que as encontradas em grandes marcas da bebida industrializada.

Seguem algumas dicas para bebemorar esta data com a mais nobre bebida brasileira, a cachaça:

- Hoje em dia a cachaça é tomada em taças, que tenham o diâmetro da boca menor que o da base. Isso aprisiona os aromas e faz com que seja possível senti-los melhor.
- Levante a taça em direção à luz e observe se não há resíduos ou se a bebida está turva. A cachaça tem de estar límpida.
- Sinta o seu aroma. Ele tem de ser agradável e estar equilibrado.
- Ingira a cachaça. Na boca, a primeira sensação tem de ser macia.
- A cachaça ruim desce como um cubo; a boa, aveludada

PUDIM DE CACHAÇA

Ingredientes
1lata d leite condensado
a mesma medida de leite
3 ovos
30ml d cachaça
1 xícara de açucar

Modo de Preparo

Bata o leite condensado, o leite e os ovos no liquidificador e reserve.
Numa panela no fogo derreta o açúcar e quando estiver derretido acrescente a cachaça.
Na forma de pudim untar com a calda de açucar e despejar o que bateu no liquidificador. Levar em banho maria por +/-40 min.

Considerações Finais


Ao se verificar o processo de exportação e aceitação da cachaça Germana no mercado internacional, viu-se que hoje a cachaça Germana é reconhecida pela sua qualidade, qualidade que leva a ingressar em novos mercados, mesmo diante da burocracia que às vezes se instala. 
O mercado de cachaça é promissor, tanto no mercado interno como no mercado externo. No mercado externo o nome vem sendo cada vez mais reconhecido por meiode premiações, demanda diferenciada exigida e atendida, ultrapassando barreiras muitas vezes impostas no processo de exportação e documentação exigida, utilizando recursos próprios, pois não há verba vinda do governo.



O Grupo Germana, ao enfrentar o mercado externo, está atento às mudanças ocorridas, conciliando qualidade da cachaça e capacidade produtiva, preocupação com as exigências do mercado e do consumidor que se quer conquistar, inovação ligada à gestão, processos, modelo de negócio, desenho do produto, produto e serviço prestado ao cliente, atendendo expectativas, reduzindo custos, criando valor e possibilitando a conquista de novos mercados.
A preocupação com a aceitação leva o grupo a produzir uma linha exclusiva direcionada a cada um dos mercados específicos, pois cada um dos países tem suas particularidades quanto a exigência sobre o produto. No mercado interno, com o nome já consolidado, o consumo e a presença em grandes eventos e festivais, bem como premiações alcançadas pela marca reforçam seu poderio.
A aceitação de diferentes públicos, portanto, tem sido positiva, o que não impede o consumo crescente e o esforço de atenção quanto aos requisitos para alcançar também maior aceitação externa, tanto na quantidade de exportação como nos feedbacks pelos importadores e consumidores fiéis ou na produção artesanal e na ampliação da carteira de produtos com seu grande diferencial que é a cachaça Soul.
Ainda, mais que produzir uma cachaça de qualidade, o Grupo Germana tem compromisso com o meio ambiente, reutilizando, reaproveitando resíduos e dando oportunidades de trabalho aos moradores de Nova União, cidade sede.
Assim, com base no caso Grupo Germana, responder a pergunta: “Como um produto tipicamente brasileiro, a cachaça Germana, pode ser reconhecido nacional e internacionalmente, pela inovação e sustentabilidade de sua linha de produção”, significa dizer que um produto da cultura brasileira alcançou e vem ampliando metas, qualidade e reconhecimento por meio de planejamento eficaz e técnicas sustentáveis.

Analise de Dados

Inovações no Grupo Germana

 Destacando as técnicas sustentáveis existentes na linha de produção da cachaça Germana a inserção da mão-de-obra local na produção da cachaça em Nova União, bem como o fomento as atividades do artesanato na palha da banana caracterizam alguns pontos das atividades integradas à responsabilidade social do Grupo (GERMANA, 2011).



 Padrão de Qualidade Germana


O padrão de qualidade e aceitação da cachaça Germana no mercado nacional comprova a inovação proposta pelos idealizadores na linha de produção, pois. Além de o grupo deter quatro das grandes empresas: Chopp Germana, O Alambique Cachaçaria, o Butiquim Mineiro e a Supper Eventos. Empresas familiares que possuem mais de 220 funcionários, com mais de cinco tipos diferentes de cachaças provando o crescimento, inovação e excelência da marca que conquistou o concurso Comida de Buteco 2009.
Em entrevista aplicada aos 23 de Setembro de 2011 a Mariana Araújo Rocha, gerente de Negócios do Escritório Cachaça Germana, em Contagem/MG, para comprovar a qualidade, aceitação, inovação, exportação e sustentabilidade do produto em sua linha de produção, a respeito da qualidade, apurou-se que a tecnologia ajuda a manter a qualidade em todas as Cachaças, pois são feitas análises laboratoriais minuciosas em Nova União e Belo Horizonte para a obtenção de um alto padrão de qualidade, seguindo critérios em relação à acidez, nível de álcool, temperatura e PH, adequando-os a requisitos exigidos, bem como são utilizados filtros de pequenas impurezas e partículas.
Quanto à inovação, viu-se também que o grande diferencial em termo de inovação é a Cachaça Soul, com produção diferenciada, já que nas outras cachaças desenvolvidas pelo grupo utiliza-se o mesmo processo.
A importância das inovações para consolidação e reconhecimento da cachaça Germana, reside no fato de que o grupo pode conseguir novos clientes/adeptos. A proposta da Soul, por exemplo, é competir com vodkas e whisky, caracterizando-se por ser uma bebida para a noite, para ser tomada gelada e fazer esses “combos”.
Entretanto, sua produção é bem artesanal. No que diz respeito a maquinário, no processo de envase, existem as “enchedeiras” que regulam automaticamente em ml a quantidade para cada garrafa e uma máquina para colocação de tampa. Embalagens, caixas e tudo mais fazem parte de um processo artesanal.
Diante disso, pode-se dizer o grupo Germana vem tentando ao longo do tempo, mesclar inovação ao processo artesanal, a fim de obter produtos de qualidade em maior processo otimizado, sem que tais mudanças afetem a história do Grupo e as tradições criadas desde a sua fundação. Observando-se, também, uma busca constante peloaumento da carta de clientes, o contato com suas novas necessidades e exigências faz com que o Grupo esteja em processo contínuo de expansão de sua linha de produtos.


 A Cachaça Germana no Mercado Internacional


A aceitação da cachaça no mercado externo é atribuída não só à qualidade do produto, mas a trabalho de pesquisa, que estudou o “paladar” do novo cliente, bem como suas exigências.
Se inovação faz parte da estratégia das empresas e seu foco é o desempenho econômico e a criação de valor (SIMANTOB, 2003), a Cachaça Germana vem agregando cada vez mais valor à sua marca e a de seus produtos, seja na inovação da embalagem até o desenvolvimento de novos produtos, que buscam atingir os mais diversos e exigentes clientes,a cachaça.  Tal visão vem sendo consolidada por meio da expansão comercial, uma vez que a cachaça Germana já é exportada para o Reino Unido, México, Estados Unidos e Portugale reexportada através do Reino Unido para toda a Escandinávia, chegando até Dubai.
Em um mercado interno de alta competitividade como é o da cachaça brasileira, a cachaça Germana já possuía marca forte conquistada em consequência da articulação dos 07 sócios. A articulação demonstrada e o relacionamento dos sócios tornam o Grupo altamente competitivo nessee noutros mercados. Fato que secomprova por meio de dados que indicam um aumento de 50% na exportação da cachaça Germana entre 2007 e 2009, passando de 30 mil litros para 45 mil litros ao fim de 2009, atingindo um montante de U$ 300.000,00 (EXPORTAMINAS, 2011).
Incremento das Exportações da Germana



Gráfico 1:Incremento das Exportações da Germana
FONTE: produzidos pelos autores com dados dosite<www.exportaminas.mg.gov.br>
Outro diferencial constatado é o da embalagem. Nota-se que a embalagem inspira curiosidade e admiração por ser envolvida em uma folha de bananeira. (cf. FIG.1) além de ser ecologicamente correta aproveitar-se do caule da bananeira. Valorizando ainda mais sua imagem no mercado interno e externo, atendendo a mais um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana(Portal da Sustentabilidade, 2011), pois consegue ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma a expressar o seu maior potencial, no que se refere historicamente pelo reconhecimento cultural. Se para que um empreendimento humano possa ser considerado sustentável, é preciso que seja, entre outras coisas, culturalmente diverso (LORENÇO, 2011) e o fato de não haver no exterior produto semelhante afeta positivamente sua expansão de Mercado, o que se prova nos dados acima (GRÁF.1).
A Germana

O Processo de Exportação da Cachaça Germana
Sobre o processo de exportação da cachaça Germana no mercado internacional, há que se dizer que, o Grupo percebeu que a exportação é tão viável quanto à venda no mercado interno e que o potencial de mercado que surgia no exterior surgia pelo fato de que, com mais de 20 anos, muitas pessoas procuram a cachaça, o que demonstra já ter quase um domínio no mercado interno.
Há países para os quais já se exporta há muito tempo, como Inglaterra e África do Sul. Conseqüentemente, outros países como Estados Unidos, Espanha, Austrália e Suíça acabaram iniciando o processo de importação da Cachaça. Não existe um estudo, mas hoje aumentou a quantidade de países que têm procurado pelo produto.
A exportação é feita pelo próprio Grupo Germana, e não há qualquer ajuda ou incentivo governamental à expansão do mercado da cachaça em âmbito internacional. AGO Trade, empresa particular contratada pelo grupo, realiza consultoria, oferecendo suporte passo a passo, em relação a documentos, critérios a serem seguidos para que a bebida entre em determinado país, bem como verificam contato com os portos do Brasil, a quem procurar etc.
Vale dizer que mesmo não havendo ajuda ou incentivo governamental, a tendência da importação da cachaça Germana é aumentar. Turistas de todo o mundo que visitam o Brasil acabam experimentando a bebida símbolo de nossa cultura e levando a experiência a seus países de origem.Além disso, se inovação, cujo cerne está no consumidor, é ter uma ideia que a concorrência ainda não teve e implantá-la com sucesso(SIMANTOB, 2003), as estratégias do Grupo aqui descritas conseguem criar valor, favorecendo seu desempenho econômico. Nascida como uma novidade para omercado,a Germana traz resultados econômicos para a empresa. Se estão eles ligados à tecnologia,gestão, processos ou modelo de negócio etc.,pode-se afirmar que a inovação da Germana está também no desenho do produto, no próprio produtoeno serviço prestado ao cliente, atendendo suas expectativase criando valor de fato.
Diante disso, algumas adaptações foram feitas para se adequar à aceitação de bebidas alcoólicas em países como, por exemplo, a África do Sul, que não aceita 40º, mas apenas 43º de teor alcoólico, ou os Estados Unidos que só aceitam garrafas de 1l e rótulo em inglês. Mudanças específicas para o mercado exterior e que, por motivos óbvios, não foram trazidas para o mercado interno.
Entretanto, a documentação e a burocracia da exportação são as maiores dificuldades da introdução da cachaça no exterior. A exportação em si é muito difícil, porque se depende de um ministério, fica-se esperando dias para se obter uma informação qualquer.
 A Aceitação da Cachaça Germana
A respeito da aceitação, verificou-se que é muito boa, já que as pessoas estão muito abertas a novos produtos, tanto no mercado interno, pelos anos de história sendo cachaça de ótima qualidade, como no mercado externo. No mercado externo, a cachaça é utilizada em drinks e a dose, entretanto, é algo a ser trabalhado. Muitos brasileiros que vivem fora, consequentemente levam o produto daqui para os estrangeiros que conhecerem.
Observou-se através dofeedback dos importadores sua aceitação,  pelo aumento dos pedidos, da participação em feiras e da divulgação que se faz em jornais no mercado externo.
Com base nos dados expressos acima (cf.: GRÁF.1)a aceitação nos países que já importam a bebidaé muito positiva, levando o interesse em expandir o alcance de mercado. Assim, mesmo com as dificuldades de adaptaçãoàs normas de exportação de cada país e a falta de apoio governamental, a empresa deverá continuar investindo na exportação, mantendo sempre a qualidade do produto, euma  maior  aceitação.
Inovação e Sustentabilidade a Serviço do Reconhecimento
Respondendo a pergunta: “Como um produto tipicamente brasileiro, pode ser reconhecido nacional e internacionalmente, pela inovação e sustentabilidade de sua linha de produção?”, e considerando a sustentabilidade, as técnicas sustentáveis utilizadas na fabricação e produção da cachaça, como:“conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana” (PORTAL da Sustentabilidade, 2011) etambém tendo em base a visão prática fordista em que se “busca a eficiência, no mais amplo sentido, ou a organização eficiente do trabalho (SILVA, 2007),” pode-se afirmar a aplicação dessas diretrizes no processo de fabricação da cachaça Germana em que a cana-de-açúcar passa pela moenda, gerando a garapa, e o bagaço da cana é usada para aquecer a fornalha, no processo de destilação. O vinhoto,rejeito da cachaça, é usado para enriquecer o solo, sendo praticamente 100% re-aproveitável.No corte da cana, o feixe que sobra é usado para amarrar as embalagens e, além disso, o corte respeita a maturação da cana, pois não se põe fogo na plantação para acelerar o próximo plantio, como ocorre em outros cultivos.
Na prática da eficiência e da importância da sustentabilidade nos processos de fabricação da cachaça, residemna reutilização, mais que no consumo, gerando resíduos e aproveitando o que a produção pode gerar, envolvendo-se nisso outros fatores que não apenas ambientais, mas econômicos e sociais.
Existindo uma grande preocupação quanto à responsabilidade social do grupo Germana. Na pequena cidade Nova União, os moradores temna Germana uma possibilidade de melhoria de vida, devido à geração de empregos, aos programas e projetos como o do Conselho Municipal de Turismo, que fomentam a divulgação e valorização de Nova União por meio da Cachaça. 





Bases Teóricas

  • A Cachaça Germana
  • Técnicas Sustentáveis (Lorenço, 2011)
  • Linha de Produção (Ford, 1947)
  • Inovação (Moysés, 2003)
  • Processos de Exportação (Minervini, 2001)
  •  Ministério da Agricultura, a lei Nº 8.918.
  • Documentos de Exportação (Marques, 1999)



A Cachaça Germana
Cachaça é a denominação típica e exclusiva da aguardente de cana produzida no Brasil, obtida do destilado alcoólico simples de cana-de-açúcar ou pela destilação do mosto fermentado do caldo de cana-de-açúcar.
Esta bebida, tipicamente nacional, está relacionada diretamente ao início da colonização do País e à atividade açucareira, que, por ser baseada na mesma matéria-prima da cachaça, forneceu influência necessária para a implantação dos estabelecimentos cachaceiros.
Os senhores de engenho passaram a servir o tal caldo, denominado cagaça, para os escravos. E logo após isso se começou a destilar a cagaça, nascendo assim à cachaça.
Dos meados do século XVI até metade do século XVII as "casas de cozer méis" se multiplicaram nos engenhos e a cachaça tornou-se a moeda corrente para compra de escravos na África. Alguns engenhos passaram a dividir a atenção entre o açúcar e a cachaça. Desse modo, a cachaça sempre deteve uma áurea relacionada ao que é considerado marginal, devido ao seu baixo valor e associação às classes mais baixas (primeiro os escravos e depois os pobres e miseráveis).
A descoberta de ouronas Minas Gerais trouxe uma grande população, vinda de todos os cantos do país, que construiu cidades sobre as montanhas frias da Serra do Espinhaço. Com o passar dos tempos melhoraram-se as técnicas de produção e a cachaça passa a ser apreciada por todos. Consumida em banquetes palacianos e misturada ao gengibre e outros ingredientes, nas festas religiosas portuguesas - o famoso quentão.
Nas últimas décadas, seu reconhecimento internacional tem contribuído para diluir o índice de rejeição dos próprios brasileiros, alçando um status de bebida chique e requintada, merecedora dos mais exigentes paladares.




Técnicas Sustentáveis
Para analisar as técnicas sustentáveis da cachaça Germana, em sua linha de produção, é importante que se compreenda o significado desustentabilidade.
Em 1992 houve a maior conferência já realizada da United NationsConferenceonEnvironmentandDevelopment (UNCED), realizada no Rio de Janeiro, com a participação de mais de cem nações. Várias pesquisas foram realizadas até o ano da conferência, e as conclusões a partir das mesmas não deixavam dúvidas sobre o perigoso caminho que o mundo estava seguindo, no seu desejo em se obter padrões de vida que não são suportados pelo nosso planeta. Nesta conferência houve vários acordos internacionais principalmente voltados para a proteção da biodiversidade e do clima.
Conforme Almeida (2008), amplos são os conceitos de sustentabilidade aceitos, mas podemos dizer que desenvolver-se satisfazendo as necessidades atuais e não comprometer a geração futura no quesito “suprir suas necessidades”, é uma ótima definição sobre sustentabilidade corporativa.
De forma mais elaborada, segundo o Portal da Sustentabilidade (2011), sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais. A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro.
Nesses aspectos, pode-se dizer que técnicas sustentáveis são princípios, segundo o qual o uso dos recursos naturais para a satisfação de necessidades presentes não pode comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras, o que requereu a vinculação da sustentabilidade no longo prazo, um “longo prazo” de termo indefinido, em princípio. Para que um empreendimento humano seja considerado sustentável, é preciso que seja: ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo, culturalmente diverso (LORENÇO, 2011).
A partir destes conceitos o presente projeto buscou analisar a sustentabilidade do setor da cachaça e como o Grupo Germana aplica e busca aperfeiçoar suas técnicas na linha de produção desde o plantio da cana ao envasamento.


         Inovar na Linha de Produção
Para verificar o padrão de qualidade e aceitação da cachaça Germana no mercado nacional, comprovando a inovação proposta pelos idealizadores na linha de produção, há que se falar desistema de produçãoe inovação.
Segundo Silva (2007), Henry Ford (1863-1947), nascido no Estado de Michigan (EUA), representa a contribuição de indústria para a formação da teoria clássica da administração. Ele era um empresário com visão pratica que buscava a cristalização do conceito da eficiência, no mais amplo sentido, em uma fábrica de automóveis.
A empresa, na visão de Ford, dividiu-se em dois níveis distintos: planejamento e execução. O planejamento, os técnicos elaboram os métodos e o próprio trabalho; na execução, os operários só efetuam o trabalho que lhes é levado às mãos. Por isso, em razão da padronização dos elementos do trabalho, a especialização determina um ritmo constante, assegurado pelas rotinas estabelecidas.
No sistema Ford, esclarece, o operário adaptava seus movimentos à velocidade da esteira rolante, sendo naturalmente conduzido à ritimização involuntária, de acordo com o nível de produção.
Para ele, Ford procurou suprir o tempo perdido pela matéria-prima, com o trabalho contínuo. Com sua filosofia de produção em massa, preços baixos, altos salários e organização eficiente do trabalho, destacando-se ai a rapidez de fabricação, Henri Ford apresentou ao mundo o maior exemplo de administração eficiente individual que a história conhece (SILVA,2007).
Nesse contexto, outro ponto fundamental que se deve tratar é a inovação.
De acordo com o professor da FGV e Coordenador Executivo do Fórum de Inovação, Moysés Simantob (2003, p.02), inovação é ter uma idéia que a concorrência ainda não teve e “implantá-la com sucesso”, é“parte da estratégia das empresas, cujo foco é o “desempenho econômico e a criação de valor”. Para o autor, a inovação,um dos “maiores desafios do mundo corporativo moderno”, tem um conceito simples. É uma iniciativa que surge como uma “novidade para a organização e para omercado e que, aplicada na prática, traz resultados econômicos para a empresa – sejam eles ligados à tecnologia,gestão, processos ou modelo de negócio”.A inovação informa,“pode estar no desenho, no produto, nas técnicas de marketing ou no serviço prestado ao cliente”, nasruas, nos centros comerciais, nas revistas e nos outdoors. Entretanto, para o autor, ocerne da inovação está no consumidor e é preciso atendersuas necessidades para criar valor de fato.
Nas palavras de Simantob (2003),
Inova-se para se diferenciar no mercado e para gerar riqueza contínua. Inovação e classificada em quatro quadrantes: Inovação de produtos e serviços: desenvolvimento e comercialização de produtos ou serviços novos, fundamentados em novas tecnologias e vinculados à satisfação de necessidades dos clientes. Inovação de processos: desenvolvimento de novos meios de fabricação de produtos ou de novas formas de relacionamento para a prestação de serviços. Inovação de negócios: desenvolvimento de novos negócios que forneçam uma vantagem competitiva sustentável. Inovação em gestão: desenvolvimento de novas estruturas de poder e liderança (SIMANTOB, 2003, p.3).

Processos de Exportação
Para verificar o processo de exportação e aceitação da cachaça Germana no mercado internacional, há que se falar de internacionalização de produtos.
Internacionalização, segundo Minervini(2001), define-se como a “capacitação das empresas de se ajustar aos mercados externos e a capacidade de internacionalização e encarar a exportação como uma estratégia para melhorar a competitividade”. Tendo como objetivos principais a qualidade, criatividade e profissionalismo, o autor explica que “com a conquista do mercado interno, novas oportunidades podem se abrir no mercado externo”. Tal como acontece com a concepção e implementação de outras estratégias, “a estratégia de internacionalização deve passar por uma análise do mercado, da concorrência, dos potenciais clientes e dos pontos fracos e fortes da estrutura, por forma a se definir objetivos e linhas de ação”.
Segundo Minervini (2001), existe critérios que devem ser lavados em conta para uma empresa ingressar no mercado internacional. Basicamente o autor cita a:
  • determinação das exigências do exportador: o autor ressalta que o exportadortem que saber o que quer com a internacionalização e com quemele estará se correspondendo;
  • determinação das fontes de informação: a quantidade e qualidade de informações têm que ser cuidadosamente selecionadas, pois é fator vital para a empresa no mercado externo;
  • seleção das formas de ingresso no mercado externo: segundo o autor, milhares de empresas utilizam somente uma ou duas formas de ingresso no mercado externo; e os
  • encontros e procedimentos de trabalho: depois de selecionado o seu parceiro de trabalho, defina com ele um plano de trabalho.
A Central Exportaminas, vinculada à Coordenadoria Especial de Comércio Exterior da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, foi criada em 2004 pelo Governo do Estado de Minas Gerais, pelo Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (INDI) e pela Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), com o objetivo de facilitar as exportações, ampliando as oportunidades dos produtos brasileiros no mercado internacional.
Em março de 2008, informa a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (SEBRAE-MG)“aderiram ao esforço operacional da Central Exportaminas”. A Central, por exemplo, com a“missão impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável de Minas Gerais”, por meio do “atendimento aos exportadores mineiros e da promoção comercial internacional do Estado”, proporciona “maior competitividade com a geração de emprego e renda e redução das desigualdades regionais” (EXPORTAMINAS, 2011)
Quando se fala de processo de exportação é importante destacar os trâmites naturais envolvidos. Em Aprendendo a Exportar(2011), um processo de exportação é feito seguindo os seguintes passos:
Identificar mercados de destino, verificar se o produto não tem restrições para exportação, analisar o mercado para avaliar a viabilidade da exportação, efetuar o primeiro contato com o importador, efetuar o credenciamento como exportador, analisar aspectos tributários, nacionais e internacionais, selecionar canal de distribuição, definir vias de embarque, condição de venda (INCOTERMS) e modalidade de pagamento, formalizar a negociação, preparar a mercadoria para embarque, solicitar a autorização de embarque, providenciar a documentação para embarque, embarcar a mercadoria e despacho aduaneiro, preparar a documentação pós-embarque e efetuar a contratação de operação de câmbio (AE, 2011,).
A legislação que rege as exportações de produtos alimentícios define que cada empresa deverá adequar seu produto para o total atendimento da legislação de alimentos de cada mercado alvo. Tratando-se de produtos alimentícios, estas adequações merecem uma atenção especial, pois as modificações a serem feitas podem variar de país para país e muitas vezes entre países de uma mesma região (AE, 2011).
Segundo o Ministério da Agricultura, a lei N.º 8.918, de 14 de julho de 1994, regulamentada pelo Decreto N.º 52.314, de 4 de setembro de 1997, alterado pelos Decretos 3.510/00 e 5.305/04; é a legislação que rege as exportações de produtos alimentícios e define que para a exportação de bebidas, vinhos e derivados da uva e do vinho, tanto o estabelecimento, quanto os produtos devem ser registrados no Ministério da Agricultura. Quando não há interesse na análise de laboratório, o exportador deve apresentar o termo de compromisso, assumindo a responsabilidade sobre eventuais problemas na exportação do produto. Além disso, é necessário atentar para demais requisitos legais, bem comoa documentação exigida.
Enfim, segundo Marques (1999), os documentos para se realizar uma negociação internacional são os seguintes:
·         Fatura comercial
·         Conhecimento de carga (embarque)
·         Certificado de origem
·         Certificado de inspeção
·         Romaneio de embarque (packinglist)
·         Letra de câmbio (saque)
·         Apólice de seguro.